Moradores relatam que vão quatro vezes por dia buscar água na Secretaria de Infraestrutura da cidade. Sanesc afirma que está usando caminhões-pipa para resolver problema.
A dona de casa Eliane Fernandes, moradora de Senador Canedo, na Região Metropolitana da capital, foi até a sede da prefeitura para encher um balde com água do filtro, já que relata estar há cinco dias sem água em casa. A gravação que mostra a mulher revoltada chamou a atenção nas redes sociais.
O vídeo foi gravado na segunda-feira (13). Na gravação, ela afirma:
“Eu vou pegar água aqui. Eu pago meus impostos. A minha mãe não tem água para beber na casa dela há cinco dias. Quando vem, não sobe na caixa”.
Ao final do dia, um caminhão pipa foi à casa dela para levar água. No entanto, Eliane disse que está cansada de sempre ter que pedir essa ajuda, já que o abastecimento não é normalizado.
O presidente da Agência de Saneamento de Senador Canedo (Sanesc), Cainã Teodoro, informou que estão trabalhando com caminhões-pipa para abastecer as regiões onde não tem chegado água.
“Começamos com um mutirão na cidade neste final de semana com os caminhões-pipa em parceria com Seinfra para levar água para as regiões mais altas. Por falta de pressão, não tem chegado. Temos feito manobras no sistema para dividir melhor a razão dessa água”, disse.
Dificuldades
Além de Eliane, outros moradores de Senador Canedo reclamaram do mesmo problema. O aposentado Gecivaldo de Oliveira contou que vai quatro vezes por dia à sede da Secretaria de Infraestrutura da cidade para buscar água, já que não chega nada nas torneiras dele.
“Estamos esgotados. Estamos pedindo que alguém nos ajude”, suplicou o pastor Hyago Dias, que também vive na cidade.
Os moradores contaram que, à noite, as vezes chega um pouquinho de água e eles ficam atentos para poder pegar ao menos uma bacia.
A chacareira Edileusa Caravalho contou que fez uma cirurgia recentemente e que viver sem água para tomar banho e lavar o local que foi operado é muito difícil, por isso está sempre atenta para esse momento em que pode haver água.
“Não durmo, passo a noite vigiando para ver que hora vai chegar a água para conseguir tomar banho, lavar a ferida”, desabafou.



