Morre idoso baleado pelo ex-genro em drogaria de Goiânia, filha conta como foi namoro com suspeito – Goiás News

Morre idoso baleado pelo ex-genro em drogaria de Goiânia (Foto: Reprodução - PM)

João Rosário Leão, de 62 anos, foi assassinado na drogaria da família pelo ex-genro

O idoso João do Rosário Leão, de 62 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (27) após ter sido baleado dentro de uma farmácia localizada no setor Bueno, em Goiânia. A informação foi confirmada pelo Hospital de Urgências (Hugo) da capital, onde a vítima havia sido internada em estado grave.

De acordo com o hospital, João do Rosário chegou à unidade em estado grave devido uma perfuração por arma de fogo na cabeça. Porém, as 13h03 ele não resistiu e morreu.

Câmeras de segurança da farmácia registraram o momento em que o suspeito realiza os disparos contra a vítima e vai embora.

“Eu só quero justiça”. É o que pede Kennia Yanka, filha do idoso João Rosário Leão, de 62 anos, que foi assassinado na drogaria da família, em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (27). O principal suspeito do crime é o ex-namorado de Kennia, Felipe Gabriel Jardim Gonçalves. Até o momento da publicação desta reportagem, ele ainda não havia sido localizado pela polícia.

Como forma de incentivo às buscas pelo suspeito, Kennia e a família decidiram oferecer uma recompensa de R$ 10 mil por informações dele. Em entrevista, bastante emocionada, ela contou que a liberdade do ex-namorado a faz se sentir em risco e que, apesar da exposição do pedido de recompensa, ela acredita que as pessoas, ao saberem da verdade, a ajudariam a conseguir capturá-lo.

“Eu me sinto em risco, mas Polícia Civil já está me escoltando em todo lugar que eu vou. Eu não tenho medo que a recompensa me exponha porque eu só quero justiça pelo meu pai. Eu só quero justiça! Localizar e prender ele é muito importante para a nossa segurança. Ele fez isso com meu pai e garantiu que vai matar todos da família. Se tiverem informações, avisem em qualquer delegacia, o anonimato é garantido”, disse.

Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte de João Rosário, especialmente porque, ele era um agente civil aposentado. Com relação às investigações, a corporação informou que “a Delegacia de Investigação de Homicídios trabalha trabalha na elucidação do crime. Já há inquérito instaurado, os policiais civis estão em campo, a autoria foi identificada e as buscas estão sendo efetuadas para localizar o autor do fato”.

Baleado pelo ex-genro

Informações da Polícia Militar (PM) afirmam que João do Rosário, além de ser um policial civil aposentado, era dono do comércio onde foi assassinado. Já o suspeito do crime é ex-namorado de uma de suas filhas e atuava na Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), no cargo de gerente de fiscalização.

No final de semana passado, João do Rosário denunciou o genro à polícia por ameaçar sua filha. Essa denúncia teria causado a ira do suspeito, que o matou.

Na denúncia feita por João do Rosário, ele conta que esteve em uma festa junina acompanhado da filha e do genro. O genro estava na rua, embriagado, efetuando disparos de arma de fogo. João e a filha o levaram para casa e ele ouviu uma discussão entre o casal.

A briga seria porque a filha de João do Rosário estaria impedindo o homem de sair de casa embriagado. O genro, teria ficado ainda mais nervoso e atirou novamente pra cima, desta vez dentro da casa. Depois, ameaçou matar pai e filha. Sendo assim, João do Rosário informou à polícia que a filha vinha sofrendo diversas ameaças.

Filha do idoso morto conta que vivia relação abusiva: ‘monstro’

Kennia detalha que viveu um namoro de 1 ano com Felipe Gabriel. Inicialmente, o homem se apresentava como ‘uma pessoa maravilhosa’ e do bem. Sendo assim, nunca passou pela cabeça de ninguém que ele pudesse cometer tal crime contra a família.

Vale citar que Felipe Gabriel já foi soldado do Serviço de Interesse Militar Voluntario (Simve) e podia andar armado. Recentemente havia sido nomeado gerente de fiscalização da Superintendência Municipal de Trânsito e Mobilidade (SMM) de Goiânia. Ele será exonerado do cargo.