Filhote de onça resgatada de incêndio se muda de área para aprender a pescar, nadar e escalar, em Corumbá de Goiás – Goiás News

Apoena filhote da Amanaci

Apoena deve viver com a mãe em espaço novo que simula mata por cerca de dois anos. Instituto que cuida dos felinos trabalha para que ele se adapte e possa viver livre na natureza.

Filhote da Amanaci, onça resgatada de um incêndio no Pantanal, o pequeno Apoena deve se mudar, com a mãe, para uma área onde possa começar a aprender a pescar e escalar, nadar. Eles vivem no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, mas vão passar para uma área de 800 m² para terem mais liberdade. Os especialistas que cuidam dos felinos querem prepará-lo para viver livre na natureza nos próximos anos.

Amanaci teve as patas queimadas e foi levada ao Instituto, onde passou por tratamentos para se recuperar, mas não tem condições de voltar para a natureza por causa das sequelas dos ferimentos.

Após os procedimentos, ela continuou no local e namorou com o Guarani, outra onça pintada que também não tem condições de voltar à natureza. Dessa união, nasceu Apoena.

“Ele mostra os dentes para a gente, é sinal que o animal está se desenvolvendo bem e rápido”, descreveu o veterinário do instituto Thiago Luczinskin.

Coordenadora de projetos do Nex, Daniela Gianni disse que a proposta é que mãe e filhote fiquem cerca de dois anos nessa área, para que ela ensine o pequeno tudo o que puder.

“Aqui ele vai aprender a pescar, a escalar, a se esconder. […] O melhor que a gente pode fazer por eles é proporcionar liberdade. […] A gente tem que permitir que esse animal possa ser livre e siga o caminho dele”, disse.

Silvano Gianni, diretor-executivo do Nex, mostrou que os pesquisadores que trabalham no instituto poderão observar esses dois anos de aprendizado do Apoena e documentar a evolução dele, tudo de uma cabana construída no local.

“A gente coloca a câmera nesses recintos, que são bastante inóspitos, diferentes de onde das onças são vistas, porque aqui a onça vai ficar escondida”, explicou.

Depois desses dois anos, quando Apoena não precisar mais da proteção da mãe, ele será levado para uma área no Pantanal, onde ficará mais um ano, até que seja solto na natureza definitivamente.

“Vai deixar saudade, mas vai deixar muito orgulho”, concluiu Daniela.