Análise mostra ainda a capacidade da vacina de proteger contra a ômicron
Pessoas que pegam a variante Ômicron do novo coronavírus têm de 50% a 70% menos probabilidade de precisar de cuidados hospitalares em comparação com variantes anteriores, apontou uma nova análise. A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido diz que suas primeiras descobertas são “encorajadoras”, mas que a variante ainda poderia levar um grande número de pessoas para o hospital.
A proteção contra formas graves da Covid-19, por sua vez, é provavelmente mais robusta. A análise mais recente é baseada em todos os casos das variantes Ômicron e Delta no Reino Unido desde o início de novembro, incluindo 132 pessoas internadas com a nova variante. Também ocorreram 14 mortes.
Também há incerteza sobre o que acontecerá quando a Ômicron atingir grupos de idade mais avançada, porque a maioria das pessoas que pegaram a nova variante e foram para o hospital até agora tem menos de 40 anos. “Nossa última análise mostra um sinal encorajador de que as pessoas que contraem a variante Ômicron podem correr um risco relativamente menor de hospitalização do que aquelas que contraem outras variantes”, afirmou Jenny Harries, presidente da agência britânica.
Existem também sinais de que o efeito das doses de reforço reduz com o tempo. Duas doses de uma vacina oferecem uma proteção limitada contra a Ômicron, e a proteção extra conferida pela dose de reforço cai entre 15% e 25% após dez semanas. Isso ainda assim é melhor do que não tomar nenhuma dose de reforço, que confere uma proteção contra formas graves da doença ou morte.
O secretário de saúde e assistência social, Sajid Javid, fez um alerta: “Os casos da nova variante continuam a aumentar a uma taxa extraordinária – já ultrapassando o recorde diário da pandemia. As internações hospitalares estão aumentando, e não podemos arriscar que o sistema de saúde fique sobrecarregado”.
